Salvaterra de Magos
Alto Relevo de Rebello da Silva
Luís Augusto Rebello da Silva nasceu em Lisboa a 2 de Abril de 1822 e faleceu a 19 de Setembro de 1871, foi jornalista, historiador, romancista e político português, colaborador ativo de múltiplos periódicos e membro das tertúlias intelectuais e políticas lisboetas da última metade do século XIX. Autor do conto “A última corrida de touros em Salvaterra”, relata o ambiente das corridas reais da corte de D. José I e descreve-nos de uma forma minuciosa a colhida fatal do Conde de Arcos por um toiro, e a descida ao redondel do seu pai o Marquês de Marialva, que estoqueou o toiro.
Morada | Largo Luís Augusto Rebello da Silva, Salvaterra de Magos
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Azulejos Praça da República
Painel 1 – Os painéis de azulejos que se encontram no jardim da Praça da República representam várias imagens antigas de espaços e locais simbólicos que existiram na vila de Salvaterra de Magos.
Painel 2 – Os mercados diários foram no passado fundamentais para assegurar bens e mantimentos essenciais às populações. O antigo mercado de Salvaterra de Magos era ao ar livre e realizava-se no jardim em frente à Câmara Municipal, sendo que para o efeito havia várias bancas onde se vendiam diferentes produtos: carne, peixe e legumes. Em 1956 é construído um novo espaço coberto para se realizar o mercado diário.
Painel 3 – Em meados do século XIX, surgem de norte a sul do País várias formações musicais, que necessitavam de espaços para ensaiar e animar as populações e é nesse período que surgem vários coretos. A construção do coreto no jardim da República remonta a 1896, quando a Sociedade Música Recreativa Salvaterrense solicita à Câmara Municipal um espaço no jardim para edificar essa estrutura.
Painel 4 – O culto a Nossa Senhora da Conceição teve uma grande expressão e crescimento com a Restauração e o rei D. João IV, que atribui a recuperação da nossa independência face aos Filipes de Espanha graças à intervenção de Nossa Senhora da Conceição. Em Salvaterra de Magos há referências a esta procissão desde o séc. XVIII, principalmente no reinado de D. José I. No passado eram os “marítimos” que levavam o andor.
Painel 5 - Esta Praça era designada por Praça do Pelourinho, que foi apeado em 1872, quando um vereador mandou aformosear o jardim. Em 1904 foi designada por Praça Dr. Oliveira Feijão, um importante agricultor que desempenhou o cargo de Presidente da Real Associação Central de Agricultura Portuguesa, que promoveu a viticultura de Salvaterra de Magos, o executivo municipal decidiu homenageá-lo com a atribuição do topónimo. Em 1910 com a implantação da República, passa a designar-se Praça da República, uma mudança simbólica e ideológica para afirmar o ideário republicano, topónimo que ainda hoje mantém.
Painel 6 – Depósito de água foi uma infraestrutura construída em 1922, para armazenar água que depois abastecia as fontes mais próximas. O depósito foi desativado na década de 50 do século XX, quando se inaugurou o abastecimento de água ao domicílio em Salvaterra de Magos.
Morada | Praça da República, Salvaterra de Magos
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Busto de D. Dinis
D. Dinis nasceu a 9 de outubro de 1261 e faleceu a 7 de janeiro de 1325, foi o 6.º rei de Portugal. O seu reinado iniciou em 1279 e terminou em 1325, ano da sua morte.
Foi grande amante das artes e letras. Tendo sido um famoso trovador, cultivou as cantigas de amigo e a sátira, contribuindo para o desenvolvimento da poesia trovadoresca na Península Ibérica. Ao longo de 46 anos de reinado, foi um dos principais responsáveis pela criação da identidade nacional e o alvor da consciência de Portugal enquanto estado-nação. Em 1297, após a conclusão da Reconquista pelo seu pai, definiu as fronteiras de Portugal no Tratado de Alcanizes. Com este tratado, Portugal ficou com as fronteiras mais antigas da Europa. Outorgou Carta de Foral a Salvaterra de Magos no dia 1 de junho de 1295. Este monarca também outorgou carta a Muge no dia 6 de Dezembro 1304.
Morada | Praça da República, Salvaterra de Magos
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Busto de D. Manuel I
D. Manuel ficou para a história com o cognome “O Venturoso”, pelos seus grandes feitos que ocorreram no seu reinado. Este monarca foi o décimo quarto rei de Portugal D. Manuel nasceu em Alcochete a 31 de maio de 1469 e faleceu em Lisboa a 13 de dezembro de 1521. Foi um governante dinâmico que desde o início do seu reinado empreendeu uma política reformista em grande escala, onde se destaca a reorganização da aristocracia portuguesa e a expansão ultramarina. No seu reinado, Vasco da Gama descobriu o caminho marítimo para a Índia (1498), Pedro Álvares Cabral encontrou o Brasil (1500), Francisco de Almeida tornou-se no primeiro vice-rei da Índia (1505) e o almirante Afonso de Albuquerque assegurou o controlo das rotas comerciais do oceano Índico e golfo Pérsico e conquistou para Portugal lugares importantes como Malaca, Goa e Ormuz. O rei ganhou fama pelas façanhas dos seus capitães no Oriente, foi o primeiro monarca a ter súbditos a atuar em seu nome nos 4 continentes. A nível interno assiste-se a um conjunto de reformas com o intuito de modernizar o Reino, destaca-se a reforma dos antigos forais que considerava obsoletos e muitos deles ainda estavam em latim, e cada interpretava à sua maneira, reformulou os pesos e medidas uniformizando-os. O seu nome também ficará associado à fundação das Misericórdias e à construção de edifícios religiosos e civis, onde implementou um novo estilo artístico com o seu nome – o manuelino. Outorgou Carta de Foral a Salvaterra de Magos a 20 de Agosto de 1517.
Morada | Praça da República, Salvaterra de Magos
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Estátua do Campino
O campino é o eterno “sentinela” do Ribatejo, as vastas planícies da lezíria impulsionaram a criação de gado bravo, e o aparecimento das ganadarias. O campino tornou-se o guardião da lezíria e das reses bravas. Salvaterra de Magos decidiu homenagear esta figura peculiar do Ribatejo com a edificação de uma estátua do campino na lide dos touros. A autoria desta estátua deve-se ao escultor Francisco Cid.
Morada | Estrada Nacional 118, Salvaterra de Magos
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Estátua Falcoaria
Salvaterra de Magos, com foral atribuído pelo Rei D. Dinis a 1 de junho de 1295, reuniu, em tempos, as condições apropriadas para que a família real portuguesa pudesse praticar uma das suas atividades favoritas: a caça. A proximidade com o Rio Tejo facilitava as deslocações de pessoas e de mercadorias, por isso aqui foi erigido um Paço Régio. Embora se desconheça a data de construção, as fontes mais remotas para existência deste Palácio são as que descrevem o contexto da assinatura do Tratado de Salvaterra celebrado entre Portugal e Castela em 2 de abril de 1383.
A construção de um teatro de Ópera e de uma Falcoaria, em meados do século XVIII, permite-nos ter uma ideia da importância cultural que esta vila teve para a família real e a corte portuguesa.
A Falcoaria Real será um dos poucos testemunhos de um complexo que teria mais de 80.000 m2. Nela trabalharam os mais prestigiados falcoeiros vindos da província do Brabante (Países-Baixos) de uma cidade chamada Valkenswaard (Várzea do Falcão).
Este edifício, que deixou de funcionar como falcoaria em meados do século XIX, foi adquirido pelo Município em 1991, que lhe devolveu a função para a qual foi construído. A Falcoaria Real de Salvaterra de Magos reabriu as suas portas em 2009 e é atualmente um exemplar único na Península Ibérica.
Em 2014, a Câmara Municipal registou a marca “Salvaterra de Magos – Capital Nacional da Falcoaria”. Ao mesmo tempo liderou e promoveu uma candidatura, apresentada em conjunto com a Associação Portuguesa de Falcoaria e a Universidade de Évora, que foi aprovada no dia 1 de dezembro de 2016 em Adis Abeba, na Etiópia, incluindo Portugal na lista de países onde a UNESCO reconhece a Falcoaria como Património Imaterial da Humanidade.
Este monumento inaugurado a 16 de dezembro de 2023, de autoria do escultor Leonel Santos, é dedicado a todos os falcoeiros que ao longo de séculos preservaram e transmitiram esta prática e, em particular, aos que hoje a mantém ativa no nosso País.
Morada | Estrada Nacional 118, Salvaterra de Magos
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Lápide do Dr. Gregório Fernandes
O Dr. Gregório Fernandes nasceu em Salvaterra de Magos a 4 de Janeiro de 1849 e faleceu em Lisboa a 24 de junho de 1906. O Dr. Gregório Fernandes, estudioso e inteligente, andou sempre na vanguarda da ciência médica praticada na época, publicou vários trabalhos, entre os quais “A Patogenia da Febre Traumática, Glaucoma e Recessão do Joelho”. Mas o seu maior êxito foi alcançado em 1892, com uma extração “Útero-ovariana“, que até àquela data nunca se tinha feito. Cirurgia que lhe mereceu os maiores louvores, tanto dos seus colegas portugueses, como da ciência médica a nível mundial. Todos os seus conterrâneos, os pobres em especial, encontravam nele um amigo sempre solícito e generoso. Todas as quintas-feiras, aquando das folgas dos seus afazeres profissionais em Lisboa, vinha até Salvaterra e consultava-os graciosamente.
O Município de Salvaterra de Magos atribui o seu nome à rua onde se localizava a sua casa e a Misericórdia também o homenageou com duas lápides evocativas que se encontram na fachada da sua habitação.
Morada | Rua Dr. Gregório Fernandes, Salvaterra de Magos
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Monumento aos Marítimos
Localizado junto ao Cais da Vala, antigo porto fluvial, encontra-se um monumento de homenagem aos marítimos de Salvaterra de Magos. Os marítimos eram as pessoas que trabalhavam no trânsito fluvial, no transporte de mercadorias nas fragatas, varinos e botes. Com a construção da ponte de Vila Franca de Xira em 1951, o trânsito fluvial começou a ser substituído pelo trânsito viário e os marítimos, que durante séculos, fizeram parte do quotidiano do Cais da Vala, começaram a “desaparecer”. Este monumento relembra a identidade ribeirinha destes homens do Tejo.
Morada | Cais da Vala, Salvaterra de Magos
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Monumentos aos Soldados do Concelho
Localizado no Largo dos Combatentes, este topónimo surge pelo executivo municipal que decidiu homenagear em 1927 os antigos soldados do concelho que participaram na Primeira Guerra Mundial.
Na década de 70 em plena guerra colonial, um grupo de cidadão pensou em edificar um obelisco de memória aos combatentes, mas infelizmente tal não aconteceu.
No dia 25 de Abril de 2016, o executivo municipal inaugurou um memorial de homenagem aos soldados da Primeira Guerra Mundial e da Guerra Colonial.
O Memorial é de autoria do escultor Silvestre Raposo e tem as seguintes inscrições:
Na frente:
Memorial erguido aos filhos do concelho que pereceram na Primeira Guerra Mundial e na Guerra Colonial. Em perigos e guerras esforçadas mais do que permitia a força humana (…).
Luís de Camões – Lusíadas
Na parte detrás:
Perpetuar na memória da nossa história os soldados do concelho que faleceram em combate é também honrar, todos os combatentes vivos e os seus familiares que sofreram com a sua ausência.
Na celebração do 42.º aniversário do 25 de Abril, data histórica que nos devolveu a liberdade e pôs fim à guerra colonial, o Município de Salvaterra de Magos ergue este memorial, para que seja um legado às gerações futuras relembrarem que todas as guerras são inúteis.
25 de Abril 2016
O Presidente da Câmara Municipal
Eng.º Hélder Manuel Esménio
MORTOS NA PRIMEIRA GUERRA MUNDIAL
- Custódio da Costa (Glória do Ribatejo)
França 20.03.1918
- João Filipe Gustavo (Marinhais)
França 28.03.1919
- João Rodrigues Lopes (Salvaterra de Magos)
França 11.02.1919
MORTOS NA GUERRA COLONIAL
- António da Silva Delgado (Marinhais)
Angola 21.09.1967
- Henrique Nuno Rita Duarte Assunção (Salvaterra de Magos)
Angola 16-12-1967
- João da Cunha Alves (Marinhais)
Angola 09.01.1964
- João Nunes Augusto (Glória do Ribatejo)
Moçambique 28.02.1967
- José Fino Feijão (Glória do Ribatejo)
Moçambique 18.11.1969
- Manuel João Roque Trindade (Muge)
Guiné 12.03.1974
- Manuel Travessa Carvalho (Salvaterra de Magos)
Moçambique 19.01.1966
- Victor Manuel Castelo Parreira (Marinhais)
Moçambique 15.10.1971
No dia 10 de junho, por ocasião dos 60 anos da Guerra Colonial, foram colocadas no Memorial duas novas estatuárias, de autoria de Leonel dos Santos: um soldado da Primeira Guerra Mundial e um soldado da Guerra Colonial.
Morada | Largo dos Combatentes, Salvaterra de Magos
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Painel de azulejos da Última Corrida Real
No jardim da antiga escola “O Século” foi colocado, na década de 80 do séc. XX, um painel de azulejos que invoca a última Corrida Real em Salvaterra de Magos. Trata-se de um conto de autoria de Rebello da Silva, que descreve uma corrida real que teve lugar em 1762, estando presente o rei e a rainha e elementos da família real e Corte. Nesta corrida ocorreu um gravíssimo acidente, onde perdeu a vida o Conde d’Arcos, que foi colhido por um touro.
O seu pai o Marquês de Marialva, desce à arena, enfrenta o touro e vinga a morte do seu filho. É um episódio ficcionado por Rebello da Silva que nos relata o ambiente barroco da corte de D. José I, que elegeu o Paço Real de Salvaterra de Magos para passar grandes temporadas durante os meses de inverno.
O painel de azulejos data de 1985 e é de autoria de Cerâmica Artística Isabel Garcia.
Na sequência das obras de requalificação da antiga "Escola O Século", o painel de azulejos foi reintegrado no espaço.
Morada | Rua Luís de Camões, Salvaterra de Magos
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Painel de Azulejos – Celeiro da Vala
A sua origem está associada ao armazenamento de cereais, nomeadamente o arroz que depois era escoado por via fluvial, nos varinos e fragatas que estavam aportados no Cais da Vala Real. A construção deste edifício remonta ao séc. XVII e esteve intimamente ligado à Casa do Infantado – Instituição Real que consistia numa organização patrimonial para os segundos filhos dos monarcas. No período conturbado após a revolução liberal, a Casa do Infantado é extinta em 1834 por um decreto de D. Pedro IV. Todos os seus bens foram integrados na Fazenda Nacional. Em 1836 o edifício passa para a Companhia das Lezírias, acentuando ainda mais a sua característica agrícola.
No exterior do edifício, um nicho em mármore com um frontão triangular rematado por uma cruz em pedra, com a data de 1657, assinala um antigo passo da paixão de Cristo. Numa fachada de topo encontra-se um pequeno chafariz, que foi inaugurado em 1951, quando foi realizado o abastecimento de água ao domicílio em Salvaterra de Magos. Por cima deste chafariz um interessante painel de azulejos, retrata o Cais da Vala nas décadas de 50 e 60, quando os varinos, fragatas e botes carregavam e descarregavam mercadorias neste cais.
Morada | Av. José Luís Brito Seabra
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Pelourinho Praça da República
A Praça da República, requalificada integralmente em 2023, é um lugar emblemático da vila de Salvaterra de Magos, com uma localização privilegiada em frente aos Paços do Concelho e à Capela do Antigo Paço Real, ganhou - com aquela intervenção - novas áreas verdes e arborizadas, mais e renovadas soluções de mobiliário urbano e melhores áreas de circulação pedonal para fruição pela comunidade local e por todos quantos a visitem.
Foi em torno desta praça, atualmente designada da República, que Salvaterra de Magos desenvolveu um povoado medieval, cuja referência mais antiga remonta a 1295, aquando da outorga de foral pelo rei D. Dinis a esta localidade. Ao redor desta Praça encontravam-se os principais edifícios históricos: Igreja Matriz, construída em 1296, o Paço Real do séc. XIV e os Paços do Concelho. A partir desta Praça são definidos vários arruamentos retilíneos que vão dar ao Cais da Vala, importante entreposto fluvial, que teve grande importância comercial desde a Idade Média até à primeira metade do séc. XX. Era a este Cais que aportavam os elementos da família real quando se deslocavam sazonalmente, durante os meses de inverno, para o Paço Real de Salvaterra de Magos.
No que respeita à toponímia, esta Praça era conhecida por Praça do Pelourinho, que foi apeado em 1872. Em 1904 foi designada por Praça Dr. Oliveira Feijão, um importante agricultor que desempenhou o cargo de Presidente da Real Associação Central de Agricultura Portuguesa e que se dedicou à promoção da viticultura de Salvaterra de Magos. Em 1910, com a implantação da República, passa a designar-se Praça da República, uma mudança simbólica e ideológica, topónimo que ainda hoje mantém.
As obras efetuadas em 2023 incluíram a preservação e o restauro do busto do rei D. Dinis, que outorgou foral a Salvaterra de Magos a 1 de junho de 1295 e que já existia no espaço, assegurando ainda, para salvaguarda da memória histórica, a colocação de um novo busto desta feita do rei D. Manuel I, que concedeu a esta localidade um novo foral a 20 de agosto de 1517.
Para não perder a memória histórica deixaram-se na requalificação, testemunhos, em painéis de azulejos pintados à mão, de imagens representativas das vivências e utilizações deste espaço. Foi também assinalada, com um elemento vertical em cantaria, a localização que o pelourinho, possivelmente manuelino, teria nesta Praça.
Morada | Praça da República, Salvaterra de Magos
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Stencil Antigo Mercado Diário de Salvaterra de Magos
Os mercados diários foram no passado fundamentais para assegurar bens e mantimentos essenciais às populações. O antigo mercado de Salvaterra de Magos era ao ar livre e realizava-se no jardim em frente à Câmara Municipal. Em 1956 é construído um novo espaço coberto para se realizar o mercado diário.
Este edifício localizado no Canto da Ferrugenta, manteve-se em funcionamento até 2006.
Para evocar a memória histórica do edifício do antigo mercado, encontra-se no local um stencil de autoria de João Domingos (Bigod).
Morada | Rua 25 de abril, Salvaterra de Magos
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Glória do Ribatejo
Azulejos no exterior da Igreja de Nossa Senhora da Glória
Nas traseiras da Igreja de Nossa Senhora da Glória encontra-se um evocativo painel de azulejos que narra o episódio histórico da caçada do rei D. Pedro I e da aparição de Nossa Senhora da Glória a este monarca.
Pintado em 2003 por Vladimir Viorel, para além de narrar o episódio histórico, tem a seguinte inscrição:
«Aqui El Rei D. Pedro I, Nossa Senhora da Glória evocou!
Sedeada a Corte em Almeirim aos 27 de Maio de 1363
No decorrer de uma caçada real, El Rei D. Pedro perseguido por um felino,
Do seu cavalo tombou e num Pego se precipitou
A luz de Nossa Senhora da Glória, brilhou e El Rei do perigo se salvou».
Morada | Largo D. Pedro I, Glória do Ribatejo
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Busto de Alves Redol
Escritor neorrealista natural de Vila Franca de Xira, nasceu a 29 de dezembro de 1911 e faleceu a 29 de novembro de 1969, foi considerado como um dos expoentes máximos do neorrealismo português.
Autor da monografia “Glória, uma aldeia do Ribatejo”, editada em 1938, um estudo exaustivo sobre os usos e costumes da Glória do Ribatejo. A Glória do Ribatejo ergueu-lhe um busto que está assente num monumento que faz a recriação de uma casa tradicional.
Morada | Rua 5 de outubro, Jardim Alves Redol, Glória do Ribatejo
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Gloriana (Rua Alves Redol)
De autor desconhecido, esta obra de arte representa uma gloriana com o seu traje tradicional.
Morada | Rua Alves Redol, Glória do Ribatejo
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José Mário Branco (Parede exterior do Espaço Jackson)
De autor desconhecido, em técnica de stencil, está representado o cantautor José Mário Branco.
Morada | Largo 1.º de Maio, Glória do Ribatejo
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Monumento de Homenagem à "Mulher Gloriana e Família"
No dia 25 de abril de 2021, foi inaugurada uma estátua de homenagem à Mulher Gloriana e Família de autoria de Leonel dos Santos. Na base da estátua encontram-se três citações sobre a cultura gloriana:
- Alves Redol: "Pretendi… Compreender a alma e os costumes das gentes humildes e honradas dessa aldeia branquinha".
- Roberto Caneira: "É por ser uma cultura do Povo que lhe é legítima o direito de ser estudada, preservada e divulgada".
- Rita Pote e António Pote: "O espírito do lugar encontra-se no seu património imaterial, observável nas suas vivências sociais e espirituais, artísticas e artesanais".
Morada | Estrada Nacional 367, Glória do Ribatejo
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Monumento aos Combatentes do Ultramar
Edificado próximo da Junta de Freguesia, encontra-se um monumento dedicado os soldados glorianos que participaram na Guerra Colonial. Inaugurado a 27 de julho de 2013, contém a seguinte inscrição:
«Aos filhos da Glória, que sofreram em terras distantes, e àqueles que choraram a dor da sua ausência”.
Evoca a morte dos dois soldados glorianos que pereceram neste conflito:
- José Fino Feijão, Soldado de Infantaria, natural da freguesia da Glória do Ribatejo, concelho de Salvaterra de Magos, mobilizado pelo Regimento de Infantaria 16 para servir na Região Militar de Moçambique, integrado na Companhia de Caçadores 2472 do Batalhão de Caçadores 2863.
Tombou em combate no dia 18 de Novembro de 1969.
- João Nunes Augusto, Soldado de Infantaria, natural da freguesia da Glória do Ribatejo, concelho de Salvaterra de Magos, mobilizado pelo Regimento de Infantaria 16 para servir na Região Militar de Moçambique, integrado na Companhia de Caçadores 1503 do Batalhão de Caçadores 1878.
Tombou em combate no dia 28 de Fevereiro de 1967
Morada | Avenida Estados Unidos da América, Glória do Ribatejo
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Rotunda da RARET
Após a II Guerra Mundial foi criada nos Estados Unidos da América a Rádio Free Europe, que transmitia emissões radiofónicas para os países de Leste que estavam subjugados pela URSS. Na Glória do Ribatejo foi construído, em 1951, o maior complexo retransmissor da Rádio Free Europe – a RARET. Durante décadas as enormes antenas de retransmissão marcaram a paisagem da Glória do Ribatejo, os acontecimentos políticos ocorridos na década de 90: queda do muro de Berlim, o colapso da URSS e a democratização dos países de Leste, determinaram o fim das retransmissões de rádio. A rotunda à entrada da Glória do Ribatejo simboliza as antenas da RARET e relembra o conflito da guerra fria entre os Americanos e os Soviéticos, que marcou a 2.ª metade do séc. XX.
Morada | Estrada Nacional 367, Glória do Ribatejo
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Street Art - Ringue Desportivo
Nas paredes traseiras do Ringue Desportivo encontram-se dois murais de street art: um dedicado à memória da RARET, de autoria de Francisco Camilo e outro sobre crianças a caminho da escola, de autoria de João Domingos (bigod).
Morada | Rua 25 de abril, Glória do Ribatejo
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Muge
Busto a Condessa D. Graziela Alvares Pereira SchoenbornWiesentheid
Inaugurado a 8 de dezembro de 2013, este busto presta homenagem à Condessa de Schoenborg Wiesentheid, descendente da Casa Cadaval.
Morada | Rua Miguel Bombarda, Muge
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Monumento de Homenagem ao Povo Rural
Em ferro forjado encontram-se duas figuras: um homem e uma mulher com trajes de trabalho, preparando-se para mais um dia de trabalho. Este singelo monumento relembra o esforço quase heroico de homens e mulheres de Muge, que trabalhavam do nascer ao por do sol.
Morada | Rua Fonte Costa, Muge
Coordenadas | 39.101631, -8.705052
Monumento aos Combatentes da Guerra do Ultramar
Inaugurado a 22 de abril de 2017, este monumento relembra a memória patriótica dos soldados de Muge, que participaram neste conflito bélico. Contém a seguinte inscrição:
«Honrados sejam os que ergueram a bandeira e lutaram pela Pátria.
22 de Abril de 2017
Junta de Freguesia de Muge»
Morada | Rua Mouzinho de Albuquerque, Muge
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Street Art Muge
Na freguesia de Muge, à passagem pela Estrada Nacional 118, encontram-se várias pinturas em técnica de stencil, que representam usos e costumes da secular vila. Autoria de João Domingos (Bigod).
Morada | Estrada Nacional 118, Muge
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Foros de Salvaterra
Monumento de Homenagem aos Trabalhadores Rurais
Inaugurado simbolicamente no dia 1 de maio - Dia do trabalhador - esta estátua, de autoria de Leonel dos Santos, representa dois trabalhadores rurais de Foros de Salvaterra e é uma singela homenagem àqueles que trabalharam arduamente nos diferentes trabalhos agrícolas, do nascer ao pôr do sol.
Localizada no lugar do Estanqueiro, era ali que realizavam as praças da jorna, quando os capatazes das grandes casas agrícolas vinham contratar a mão de obra dos foreiros para a faina agrícola.
Morada | Estrada Nacional 114-3, Foros de Salvaterra
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Padrão da Barragem de Magos
Junto do paredão da Barragem de Magos encontra-se um padrão com uma inscrição alusiva à construção desta barragem em 1938:
«MINISTÉRIO DE OBRAS PÚBLICAS E COMUNICAÇÃO
JUNTA AUTÓNOMA DAS OBRAS HIDRÁULICAS
OBRAS N.º 1 – PAUL DE MAGOS
A REGA É CONSIDERADA MAGNO PROBLEMA DE INTERESSE SIMULTANEAMENTE ECONÓMICO SOCIAL E MILITAR QUE COMO NENHUM OUTRO CONTRIBUIRÁ PARA A VALORIZAÇÃO DO PATRIMÓNIO NACIONAL PARA A CRIAÇÃO DA RIQUEZA PÚBLICA PARA A ABSORÇÃO DO NOSSO EXCESSO DEMOCRÁTICO E PARA O DESENVOLVIMENTO DO COMÉRCIO INTERNO E EXTERNO.»
Morada | Barragem de Magos, Várzea Fresca, Foros de Salvaterra
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Poço do Estanqueiro
Local de memórias para as gentes dos Foros de Salvaterra, era junto deste espaço - poço com bomba para tirar água - que se celebravam os contratos de trabalho das praças da jorna, quando homens e mulheres eram contratados pelos capatazes das grandes casas agrícolas.
O local foi recentemente requalificado pela Câmara Municipal e Junta de Freguesia.
Morada | Estrada dos Almocreves, Foros de Salvaterra
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Marinhais
Azulejos da Fonte dos Ramalhais
A zona dos Ramalhais está localizada junto do Paul de Magos, em termos hídricos é uma zona com bastantes lençóis freáticos, onde abunda água potável, a escassos metros do subsolo. A origem da fonte dos Ramalhais, também designada fonte do Furo, resulta de um trabalho de sondagens nestes terrenos e ao perfurar o solo encontraram um lençol freático, que jorrava incessantemente água.
Esta fonte foi inaugurada em Setembro de 1960, e durante anos servia as pessoas que por aqui passavam, e também o gado dos cingeleiros, que fazia este caminho em direção ao Cais da Vala em Salvaterra de Magos para descarregar e carregar mercadorias com os seus carros de bois.
Numa parede lateral desta fonte encontra-se um singelo painel de azulejos que nos relembra cenas do quotidiano de quem se deslocava à fonte para matar a sede.
Morada | Estrada do Furo, Marinhais
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Busto do Francisco Pereira Rodrigues
Próximo da capela de São Miguel Arcanjo encontra-se o busto de Francisco Pereira Rodrigues, natural de Marinhais, que legou à Junta de Freguesia de Marinhais um conjunto de dez volumes, um compêndio para compreender a evolução histórica, social e económica de Marinhais nos últimos 80 anos. O autor reuniu uma grande quantidade de recortes de jornais nacionais e regionais, dando a conhecer todos os acontecimentos importantes: Inauguração da Luz Elétrica, do posto dos CTT, das Escolas Primárias, da estrada Marinhais-Glória (alcatroamento), as várias indústrias que surgiram e muito contribuíram para o desenvolvimento local de Marinhais, entre outros temas.
Morada | Estrada Nacional 367, Marinhais
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Monumento aos Combatentes da Guerra Colonial
Inaugurado a 13 de fevereiro de 2008, relembra os combatentes de Marinhais que pereceram na guerra colonial. Contém os seguintes dizeres:
«Para que a memória não se perca.
Homenagem da população de Marinhais aos militares da guerra do ultramar 1961 – 1974».
E os nomes dos combatentes:
- António da Silva Delgado (Marinhais) – Faleceu em Angola a 21-09-1967
- João da Cunha Alves (Marinhais) – Faleceu em Angola a 09-01-1964
- Victor Manuel Castela Parreira (Marinhais) – Faleceu em Moçambique a 15-10-1971
Morada | Rua João Pinto Figueiredo, Marinhais
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