Etnografia e Folclore

Os ranchos folclóricos do concelho são os genuínos representantes da identidade cultural e social que congrega o Tejo, a Lezíria e a Charneca.

O Rancho Folclórico da Casa do Povo de Salvaterra de Magos promove as vivências das gentes de Salvaterra de Magos, ao nível do cancioneiro, das danças e particularmente dos trajes, onde procuram representar as diferentes indumentárias da lezíria: traje de trabalho, traje domingueiro, trajes de festa e ao nível do campino as suas diferentes fardas: a de trabalho e a de gala.

O Rancho Folclórico “Os Avieiros” do Escaroupim representa a indumentária dos homens e mulheres do litoral. As suas raízes estão na Praia da Vieira, concelho da Marinha Grande, assim como o seu cancioneiro que aborda o trabalho que o pescador tem na sua luta diária no mar.

Os Ranchos Folclóricos de Foros de Salvaterra e de Várzea Fresca - Rancho Folclórico Regional dos Foros de Salvaterra, Rancho Etnográfico dos Foros de Salvaterra, Associação Rancho Típico dos Foros de Salvaterra, Associação Danças e Cantares da Várzea Fresca -, recriam os trajes desta freguesia, intimamente ligada a Salvaterra de Magos. Podemos observar a tipicidade do traje de campino, o eterno sentinela da lezíria, montado no seu cavalo com o pampilho ao alto, sob o olhar atento dos toiros, a indumentária da mulher dos Foros – as “campinas”, com o colorido das suas saias, dos lenços de cabeça e dos seus casacos, nos diversos trajes de trabalho e domingueiro.

O Rancho “Os Lusitanos” de Marinhais representa a etnografia dos ranchos de trabalhadores da zona de Cantanhede (Tocha), Pombal (Guia, freguesia de Mata Mourisca) e de Montemor-o-Velho (Resgatados, freguesia de Arazede), que sazonalmente vinham trabalhar para os grandes proprietários agrícolas do Ribatejo e que acabaram por se fixar.

Os Ranchos Folclóricos da Glória do Ribatejo - Rancho Folclórico da Casa do Povo e Rancho Folclórico “As Janeiras” -, evidenciam o preciosismo dos trajes, dos usos e costumes desta comunidade que o escritor Alves Redol definiu como “uma ilha do Ribatejo”, devido à riqueza etnográfica e histórica de Glória do Ribatejo. Para além dos trajes do Homem e da Mulher destacam-se vários pormenores bordados a Ponto de Cruz, que individualizam os trajes e lhe dão um cunho peculiar, que os diferencia das restantes freguesias do concelho. Estes bordados de Glória do Ribatejo fazem parte, desde fevereiro de 2022, do Inventário Nacional do Património Cultural Imaterial.

O Rancho Folclórico do Granho tem nos seus trajes uma certa ligação à freguesia de Muge, onde se destacam os campinos e maiorais que trabalhavam para a Casa Cadaval e que orgulhosamente ostentam no seu casaco ou colete o ferro desta antiga casa agrícola. Também evidencia outros tipos de traje onde merece realce as arrozeiras - as zonas das ribeiras da Lamarosa e de Muge foram zonas de arrozais e ainda hoje marcam a paisagem desta zona do Granho.

Rancho Folclórico da Casa do Povo de Salvaterra de Magos