:: SALVATERRA DE MAGOS
FALCOARIA REAL
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A história da Falcoaria Real de Salvaterra de Magos (edifício único na Península Ibérica) está intimamente ligada à história do Paço Real - Casa de Campo da Coroa - que transformou a nobre vila ribatejana de Salvaterra de Magos num importante centro da vida social e artística da corte portuguesa. É difícil precisar a data da construção da Falcoaria Real, contudo vários autores apontam as primeiras décadas do Séc. XVIII, como a data da construção. O período de maior ascensão da Falcoaria dá-se em 1752 quando chegaram 10 falcoeiros holandeses de Valkenswaard, para ensinar esta arte.
Durante o séc. XVIII, ficaram famosas as pomposas caçadas que se realizaram em Salvaterra de Magos, contudo a partir do início do séc. XIX esta actividade começa a perder o seu fulgor e entre lentamente em decadência.
São várias as razões apontadas para este declínio: as invasões francesas que obrigaram a que família real se fixasse no Brasil, a instabilidade política vivida nos anos 20 e 30, e a abolição das coutadas em 1821.
Após décadas de abandono, a Falcoaria Real de Salvaterra de Magos foi recuperada pela Câmara Municipal e inaugurada em 19 de Setembro de 2009, tornando-se num dos principais elementos turísticos do concelho, estando dotada de uma Exposição Permanente de Aves, um Auditório e Pombal.
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CAPELA DO ANTIGO PAÇO REAL
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A origem deste templo remonta ao séc. XVI, quando o Infante D. Luís o manda edificar. Trata-se de um templo renascentista, onde se destaca a cúpula que assenta em 12 volumosas colunas e meias colunas com capitéis dóricos, adossados às paredes laterais. O resto do corpo da Capela é formado por um jogo de 10 colunas, 6 delas encostadas 3 a 3 , junto a 2 pilares.
A Capela Real sofreu obras no reinado de D. Pedro II (Séc. XVII), que mandou executar o altar em talha dourada, com colunas barrocas e capitéis coríntios, no altar destaca-se também um Cristo em tamanho natural. É deste período que datam os frescos do tecto, que são constituídos por uma excelente composição barroca, decorada por anjos esvoaçando em redor de um medalhão central, e nos quatro cantos do tecto figuram pequenos medalhões ovais com motivos decorativos relacionados com a paixão de Cristo.
ESCAROUPIM - Aldeia Avieira
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Escaroupim é uma típica aldeia piscatória, formada em meados dos anos 30 por pescadores oriundos da Praia da Vieira (Marinha Grande), que sazonalmente vinham ao Tejo fazer as campanhas de pesca de inverno, sobretudo o sável, procurando no Tejo o sustento das suas numerosas famílias, num Tejo rico em pescado, regressando à Praia da Vieira no Verão. Muitos destes pescadores foram ficando pelas margens do Rio, deixando de ir à sua Praia da Vieira, e assim formaram pequenas povoações piscatórias. Nestas povoações as habitações são feitas em madeira, pintadas de cores vivas e assentes em estacaria, de modo a estarem protegidas das frequentes cheias.
A peculariedade das duas casas é extensiva aos seus barcos de pesca, também em madeira e pintados de cores vivas.
A Câmara Municipal criou um museu - Casa Típica Avieira - cuja origem resulta das recolhas efetuadas pela autarquia junto da população local, com o intuito de preservar a memória coletiva destes pescadores que um dia deixaram Vieira de Leiria e se fixaram nas margens do Rio Tejo.
Alves Redol definiu este grupo de pescadores como "nómadas do rio", pois eles representam uma das mais interessantes migrações que Portugal assistiu: durante os meses do Inverno famílias de pescadores deslocavam-se de Vieira de Leiria para o Rio Tejo, para pescar o sável, no princípio do Verão voltavam novamente à sua terra natal, para pescar no mar.
A Casa Típica Avieira é de pequenas dimensões, pintada com cores vivas, assente em pilares devido às cheias do Tejo, o acesso é feito por umas escadas, no interior destacam-se três espaços: a cozinha onde o elemento que mais se destaca é a lareira ladeada por tijolos e cheia com terra batida, a mesa das refeições e várias prateleiras completam esta divisão, a sala é a outra divisão onde estão dois baús para guardar roupa, neste espaço dois manequins envergam os trajes típicos dos avieiros, a última divisão são os dois quartos de pequenas dimensões com camas em ferro, por cima dos quartos uma última divisão que serve de sótão para guardarem os materiais relacionados com a pesca.
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CELEIRO DA VALA REAL - ESPAÇO CULTURAL
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A sua origem remonta ao séc. XVII e esteve intimamente ligado à Casa do Infantado – Instituição Real que consistia numa organização patrimonial para os segundos filhos dos monarcas.
No período conturbado após a revolução liberal, a Casa do Infantado é extinta em 1834 por um decreto de D. Pedro IV. Todos os seus bens foram integrados na Fazenda Nacional. Em 1836 o edifício passa para a Companhia das Lezírias, acentuando ainda mais a sua característica agrícola.
No exterior do edifício, um nicho em mármore com um frontão triangular rematado por uma cruz em pedra, com a data de 1657, assinala um antigo passo da paixão de Cristo.
Com o passar dos tempos, o Celeiro cessa as suas funções de cariz agrícola e foi abandonado. Em 1998 foi adquirido pela Câmara Municipal de Salvaterra de Magos e iniciou-se um processo moroso de recuperação, respeitando sempre a traça urbanística, e desta forma adoptou este edifício para Espaço Cultural.
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IGREJA DE SÃO PAULO (MATRIZ)
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Situada no centro da vila, foi construída no ano de 1296 e quase destruída nos terramotos de 1705 e 1909.
Edifício bem conservado, no qual se destaca na Capela-Mor o altar de talha dourada, decorado com uma tela do século XVI e na antiga sacristia, um dos painéis de azulejos tem uma cartela com a data de 1725. No interior da igreja, uma das naves tem um tecto de falsa abóbada em madeira com uma pintura que representa o seu orago, São Paulo, elevando-se aos céus guardado por um grupo de anjos.
Os representantes do Clero, por volta do século XVII, encomendaram pequenos painéis de azulejos que continham uma imagética diversificada, como cenas religiosas, de caça, guerreiras e mitológicas.
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EDIFÍCIO DO CAIS DA VALA
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Em 2004, no Cais da Vala Real de Salvaterra de Magos foi construído, pela Câmara Municipal, um Edifício que alberga o Posto de Turismo de Salvaterra de Magos, o Gabinete de Apoio ao Empreendedorismo, o Museu do Rio, um auditório e um átrio de exposições.
Morada: Av. Dr. José Luís Brito Seabra, Salvaterra de Magos
GPS: N = 39º 1' 48'' O = 8º 47' 31''
Horário: Segunda a Sexta - 09h00/12h30 e das 13h30/17h00
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PONTE DO CAIS DA VALA
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A ponte da Vala Real de Salvaterra de Magos localiza-se na linha de água que vem do Paul de Magos e que vai escoar ao Rio Tejo.
Esta linha de água, durante séculos, foi a principal via de comunicação de Salvaterra de Magos. O seu topónimo (Vala Real) deve-se às constantes deslocações da Família Real a Salvaterra de Magos, nestas viagens os bergantins reais aportavam ao Cais desta vala.
No imaginário popular, esta ponte é de origem romana, contudo este facto é completamente falso.
Em termos históricos, é difícil precisar a origem da ponte, contudo podemos inclinar o séc. XVII, como a data em que se edificou. As razões apontadas para este século incide que no reinado de D. João IV, promoveram-se grandes obras no Paul de Magos em toda a sua extensão e por consequência terá mandado construir a ponte.
No séc. XVIII, surgem referência às pontes na Vala Real, no Dicionário Geográfico de Portugal (1758), “há no rio desta Terra duas pontes de cantaria: uma ao pé da Vila e outra para a parte do Noroeste ao pé de um sítio a que chamam o Casal”. A ponte da Vala Real é assim referenciada em termos geográficos, como a “ponte ao pé da Vila”.
É um dos monumentos mais emblemáticos de Salvaterra de Magos, localizado junto de uma das principais vias de comunicação de Salvaterra de Magos: a Vala Real.
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FONTE DO ARNEIRO
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Há quem afirme que esta mãe de água da Fonte do Arneiro está localizada junto ao Convento de Jericó.
A água é o líquido fundamental à vida de qualquer ser vivo. Ao longo da história o Homem sempre se esforçou para conseguir captar a água, criando e inventando inúmeros mecanismos. Nos pequenos aglomerados urbanos, o abastecimento de água às populações, era feito normalmente por fontes.
Em Salvaterra de Magos, na zona denominada “Arneiro”, na primeira metade do Séc. XVIII, foi edificada em 1711, segundo a data inscrita na frontaria, a Fonte do Arneiro, que durante séculos abasteceu a população da vila.
Em termos de caracterização arquitectónica revela um traçado simples, onde se destaca o tecto abobadado, a data da construção no frontão, tem duas bicas para captação de água e o seu acesso é feito por uma escadaria em pedra lioz.
Associado ao imaginário popular, estão presentes os “misteriosos túneis”, que o povo associa aos locais de refúgio e fuga dos elementos da Corte. Estes “túneis” não são mais que os canais que iam buscar a água à nascente (mãe de água), que se localizava a grande distância da fonte. Há quem afirme que esta mãe de água da Fonte do Arneiro esteja localizada junto ao Convento de Jenicó, porém a falta de elementos não nos permite verificar a autenticidade desta afirmação popular.
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PRAÇA DE TOIROS
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Inaugurada em 1920, ainda hoje é uma das Praças com mais espectáculos tauromáquicos ao longo do ano.
Uma das mais célebres páginas da nossa literatura tauromáquica é “A última Corrida de Toiros em Salvaterra de Magos”, imortalizada por Rebelo da Silva, nos seus Contos e Lendas.
A Praça de Toiros de Salvaterra de Magos foi construída em 1920, situada à entrada da vila, junto à estrada nacional, e é um cartão de visita para todos os “aficcionados”.
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CAIS DA VALA E AS EMBARCAÇÕES TRADICIONAIS
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Durante séculos a Vala Real foi a principal via de comunicação de Salvaterra de Magos. No seu pequeno cais aportavam os reais bergantins, que partiam do Terreiro do Paço com a Família Real.
A corte aclamou Salvaterra de Magos como um local único para as suas estadias, pois nesta vila podiam assistir a grandes espectáculos de ópera e teatro e participar em pomposas caçadas com falcões.
A Vala Real foi um dos mais importantes entrepostos comerciais do sul do país, daqui embarcavam e chegavam todos os tipos de mercadorias para Lisboa. Com a construção da ponte em Vila Franca de Xira, na década de 50, começou a perder o seu fulgor inicial.
Hoje em dia nas suas margens, entre choupos e salgueiros, pequenas embarcações de pesca repousam, após um dia de dedicação à pesca.
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IGREJA DA MISERICÓRDIA DE SALVATERRA DE MAGOS
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A sua fundação remonta ao séc. XVII, é um templo de uma só nave, com o altar-mor em talha dourada, ostentando no tecto, até 1979, vários painéis representando as Obras da Misericórdia e os Passos da Vida de Nossa Senhora. Nesse ano o Inverno rigoroso fez desabar o tecto, e danificou algumas telas.
Em termos de beleza arquitectónica há a destacar o púlpito e o coro, e assim como os azulejos datáveis ao Séc. XVIII.
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BIBLIOTECA MUNICIPAL DE SALVATERRA DE MAGOS
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:: MUGE
PONTE ROMANA DE MUGE
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Construída no período romano, é um importante vestígio da presença daquele povo no concelho.
A presença romana na freguesia de Muge está bem acentuada no lugar de Porto de Sabugueiro. Neste local encontram-se os vestígios mais marcantes deste período histórico.
O Porto de Sabugueiro, devido à sua proximidade junto ao rio Tejo, foi durante o período romano um importante porto fluvial, as escavações realizadas e os estudos publicados, definem este local como uma importante vila romana, com produção de material cerâmico, devido à existência de um forno de cerâmica, aqui encontrado na década de 60.
Sensivelmente a 400 metros deste local encontra-se a Ponte Romana, que atravessa a ribeira de Muge. Pelo aparelho de construção usado, em especial no arco de maiores dimensões, verifica-se sem dúvida que a sua origem é romana, contudo os outros dois arcos mais pequenos, pela sua tipologia são atribuíveis à Idade Média.
Esta Ponte foi um dos principais pontos de travessia que ligava Muge, quer ao interior do país (Alentejo), quer à cidade de Santarém.
Possui um inegável valor histórico, fazendo parte da memória e identidade patrimonial do concelho de Salvaterra de Magos.
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CONCHEIROS DE MUGE
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Os Concheiros de Muge foram descobertos em 1863 por Carlos Ribeiro, a quem muitos denominam como o "Pai" da arqueologia portuguesa. Podemos designar os Concheiros como "colinas artificiais" onde se estabeleceram sazonalmente várias comunidades de caçadores-recolectores, que faziam da apanha de moluscos uma das suas principais atividades e em termos históricos reportam-nos para o período do mesolítico.
Os Concheiros de Muge (concheiro Cabeço da Arruda; Moita do Sebastião e Cabeço da Amoreira) são uma das mais importantes estações arqueológicas da pré-história portuguesa. As maiores colecções de esqueletos do período mesolítico na Europa, são as dos Concheiros de Muge.
Pela sua enorme importância científica, os Concheiros de Muge são citados em todos manuais da pré-história da Europa.
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PONTE FERROVIÁRIA RAINHA D. AMÉLIA
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Esta ponte férrea viu iniciada a sua construção em Julho de 1902, tendo sido inaugurada a 14 de Janeiro de 1904. Um projecto do famoso engenheiro francês Gustave Eiffel, num excelente exemplo da denominada “Engenharia do Ferro”, que caracterizou os finais do Séc. XIX e inícios do Séc. XX.
A ponte que cruza o Rio Tejo com os seus 840m de comprimento e 5m de largura, foi encerrada em 2001 ao tráfego ferroviário, tendo de seguida sido alvo de obras que permitiram a sua abertura para circulação de veículos ligeiros, ligando desta forma os concelhos de Salvaterra de Magos e do Cartaxo.
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IGREJA DE MUGE
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Cuja padroeira é Nª Sra. da Conceição, foi construída em 1297 por Afonso Pais, pároco de Salvaterra, por ordem do bispo de Lisboa. Isto deve-se ao facto de cada vez mais colonos afluírem à aldeia de Muge e, por não terem igreja paroquial, escusavam-se ao pagamento dos dízimos.
Em 1298, por acordo com o Mosteiro de Alcobaça, o padroado da Igreja de Stª Maria de Muge é trocado pelo de S. Tomé de Lisboa. Assim, o Mosteiro manteve-se com todos os direitos de padroado (dízimos, apresentação do pároco, etc.) até cerca de 1834.
No séc. XIV a igreja era constituída provavelmente por uma única nave, três capelas (S. Pedro, Capela-Mor, dedicada a Sta. Maria, e S. João Baptista) e um campanário.
No último quartel do séc. XVII, a capela-mor medieval é demolida para se poder construir o retábulo de talha que hoje possui.
A partir de 1712, devido ao estado de ruína em que se encontrava, o Câmara obriga o Mosteiro de Alcobaça a proceder a reparações, das quais resultaram arranjos profundos nas capelas laterais (em particular os retábulos de talha dourada joanina) e a substituição do campanário medieval por uma torre sineira, concluída em 1719.
Por o restauro ter sido insuficiente, a Igreja esteve em obras durante todo o séc. XIX, até que, em 1899, a Junta da Paróquia decide proceder a um restauro de fundo, do qual resultou o aspecto que hoje tem. Foi acrescentada mais uma torre, as paredes foram reconstruídas com pedra (anteriormente eram de taipa) e todas as cantarias mudadas.
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PALÁCIO DA CASA CADAVAL
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A Casa Cadaval foi uma das instituições mais importantes, após o período da Restauração. O Palácio dos Duques de Cadaval, sofreu ao longo dos tempos várias obras de ampliação.
Há a referenciar nesta residência uma capela dedicada à N. Sr.ª da Glória, onde se destaca uma imagem desta Santa em azulejos, datados de finais do séc. XVIII.
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:: GLÓRIA DO RIBATEJO
ESPAÇO JACKSON
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CASA TRADICIONAL DA GLÓRIA DO RIBATEJO
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A Casa Tradicional de Glória do Ribatejo foi criada em 1988 pela Associação para a Defesa do Património Etnográfico e Cultural de Glória do Ribatejo (ADPEC). Todo o espólio que completa este espaço museológico é fruto das recolhas efectuadas pela ADPEC, junto da população gloriana.
Ao transpormos a porta de entrada deparamos com duas divisões: a divisão mais espaçosa é constituída pela cozinha e a “sala de fora”, a outra divisão é o quarto, sendo a sua privacidade defendida apenas por uma cortina; nas traseiras da casa encontra-se um outro anexo: o quintal onde se destaca o forno de cozer o pão. Em ambas as divisões o chão é de terra batida, também designado de “salão”; a cozinha funciona como o centro do pequeno mundo familiar, pois era ao “canto” (lareira) que cozinhavam, comiam e se reuniam; um objecto de decoração no “canto” é a “boneca”, que se encontra na lareira.
A “casa de fora” é considerada o cartão de visita da casa, aqui o olhar prende-se logo com a cantareira, que é uma estrutura em argamassa, onde se guardavam loiças, que raramente são usadas, pois as peças aqui presentes são herdadas dos seus antepassados, por isso constituem uma ligação afectiva que não se deve quebrar, neste mesmo espaço está o “pial”, onde se guardavam os cântaros e as quartas para a água, que a mulher logo de manhã ia buscar à fonte.
Na “sala de fora” encontramos a “mesa do espelho”, onde são colocados vários objectos decorativos: garrafas, loiças, fotografias entre outros. Junto às paredes destacam-se os baús e arcas para guardarem as roupas e a salgadeira para a carne, nas paredes destacam-se as prateleiras e estanheiras, habitualmente pintadas de cores garridas.
Para entrar no quarto há que desviar uma cortina e nesta divisão destaca-se a cama de ferro, cujo colchão é cheio com palha de arroz, sendo os lençóis devidamente ornamentados com bordados a ponto de cruz.
Finalmente nesta divisão é visível o pequeno berço, se porventura o casal tivesse mais que um filho, o que era muito usual, estes tinham que dormir numa esteira que era estendida junto ao canto.
O último anexo que constitui este núcleo museológico é o quintal onde uma parreira preguiçosa cresce e onde se encontra o forno de cozer o pão, com todos os seus utensílios.
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MUSEU ETNOGRÁFICO DE GLÓRIA DO RIBATEJO
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A ideia da criação de um Museu Etnográfico, surgiu de uma conjugação de esforços e trabalhos desenvolvidos pela ADPEC. A Glória do Ribatejo pelo seu cariz muito peculiar, reunia um conjunto de valores históricos e etnográficos, que a diferenciavam das restantes localidades.
A endogamia contribuiu de certo modo para a genuinidade e riqueza cultural da Glória do Ribatejo, contudo a partir das décadas de 60/70, a proliferação da comunicação social, a guerra do ultramar entre outros factores, ditaram a mutação e perda de certos valores tradicionais.
Considerando que esta riqueza se estava a perder, a ADPEC inicia a morosa tarefa de recolhas de peças de cariz museológico. Estas recolhas efectuadas junto da população só foram possíveis graças à colaboração entusiástica da população, que compreendeu os objectivos da associação.
O enorme espólio obtido junto da população, é muito diversificado, todas as peças recolhidas encontram-se devidamente inventariadas e catalogadas.
Devido a enorme diversidade de objectos, a ADPEC teve que conceber o Museu Etnográfico dividido em várias secções: agricultura, arqueologia, fotografias, bordados a ponto de cruz e vestuário.
CENTRO DE DOCUMENTAÇÃO E ESTUDOS ETNOGRÁFICOS DE GLÓRIA DO RIBATEJO
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IGREJA DE NOSSA SENHORA DA GLÓRIA
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A Igreja de Nossa Sr.ª da Glória foi mandada edificar pelo monarca que ficou na história com o cognome de “O Justiceiro” (D. Pedro I), em 1362. A sua origem está envolta em algum mistério, segundo o cronista Fernão Lopes, a edificação deste templo deveu-se ao milagre que D. Pedro presenciou quando andava a caçar nesta região, o monarca cai e sentiu um felino a aproximar-se, e então em desespero clamou por N. Sr.ª da Glória, o milagre aconteceu e afugentou o bicho que então se preparava para atacar o rei.
O rei D. Pedro I como forma de gratidão, decide mandar construir esta igreja. Com o passar dos tempos, a igreja sofreu várias alterações, contudo há ainda três elementos iconográficos medievais: uma lápide medieval com a data de construção e o almoxarife, o escudo de armas de D. Pedro I e uma pequena escultura com a cara de um felino. A igreja terá sofrido alterações devido ao terramoto de 1755 e foi objecto de obras pela Rainha D. Maria I, conforme nos indica uma lápide presente na fachada da igreja.
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:: GRANHO
IGREJA DO GRANHO
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Igreja de construção recente, com linhas simples, a sua construção data de 1972 e tem como oráculo N. Sra. de Fátima.
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:: FOROS DE SALVATERRA
BARRAGEM DE MAGOS
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A Barragem de Magos foi a primeira obra que a Junta Autónoma das Obras de Hidráulica Agrícola fez para a agricultura ribatejana e tinha por objectivos a defesa, enxugo e a rega do Paul de Magos. As obras da Barragem de Magos datam de 1934 e foram realizadas sob a direcção da Junta, pelo Eng. Ramalho Rosa.
Atualmente este zona é um dos mais importantes espaços de lazer do concelho, permitindo agradáveis tardes de contacto com a natureza.
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:: MARINHAIS
MERCADO DE CULTURA DE MARINHAIS
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CAPELA DE SÃO MIGUEL ARCANJO
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A Capela de S. Miguel Arcanjo data de 1875, situa-se onde outrora fora o centro da vila. Estamos perante um templo de uma só nave e de planta rectangular, sendo possível constatar no seu interior um altar simples de alguma beleza.
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ESTAÇÃO DO CAMINHO-DE-FERRO DE MARINHAIS
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A Estação foi inaugurada em 1904, pelo próprio rei D. Carlos.
A sua construção foi um importante passo no desenvolvimento de Marinhais e um meio de ligação ao Alentejo, a população em redor utilizou a partir daí, com proveito o novo meio de transporte
Hoje em dia a estação já não é usada, contudo mantém-se em bom estado de conservação e ainda é possível ver o painel de azulejos de início do séc. XX, com a inscrição “MARINHAES”.
Existe um protocolo de colaboração entre a Câmara Municipal de Salvaterra de Magos e a AMAR - Associação para a Defesa do Património da Vila de Marinhais, para que o edifício da Estação de Caminhos-de-ferro de Marinhais albergue a Sede da Associação.
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